Dicas de cuidados com o bebê recém-nascido

Até os 28 dias de vida os bebês são considerados recém-nascidos. Eles parecem tão pequeninos e frágeis que às vezes temos até medo de manuseá-los. Nem sempre parece possível estarmos atentas a todos os detalhes de alguns cuidados. 

Mas as mães de primeira viagem não precisam se preocupar, todas passam por essa sensação inicial e em pouco tempo já estão familiarizadas com a melhor forma de fornecer ao bebê todo o conforto e proteção de que ele necessita em cada desafio do dia a dia. 

É um mundo totalmente novo que envolve preocupação com o choro do recém-nascido, se ele está sendo alimentado corretamente, se não há risco de contrair alguma doença, se ele deve usar chupeta ou quais exames ele deve realizar.

Abaixo temos dicas de alguns cuidados que as mamães devem ter com os bebês recém-nascidos.  

Hora do banho

Dar os primeiros banhos no bebê pode parecer uma tarefa complicada, pois os recém-nascidos são molinhos e ficam escorregadios quando são ensaboados, mas não precisa se desesperar.

Antes de o coto do cordão umbilical cair, o recomendado é utilizar uma esponja macia para lavar o bebê. Basta utilizar uma bacia de água morna, uma esponja, um pano, uma toalha e pouco sabonete neutro. A pele do recém-nascido é mais fina e sensível, portanto use um sabonete com ph menor que 6.

Quando o coto do cordão umbilical cair, ele já pode ir para a banheirinha. Antes do banho é bom separar os itens que irá utilizar, como sabonete e shampoo neutros, toalha macia, pomada contra assaduras, algodão e álcool para higienizar o coto depois do banho. Feche a janela para evitar correntezas de ar no local.

Para colocá-lo na água, segure as nádegas e as coxas com uma mão e com a outra segure as costas e a cabeça. É preciso segurar as costas e a cabeça do bebê durante o banho. Use o braço para apoiar as costas e o antebraço para apoiar a cabeça; com a mão livre, lave o bebê.

Segure com firmeza para que ele não escorregue, mas sem apertá-lo com muita força. Comece lavando o rosto e depois as demais partes. Quando terminar de dar o banho de frente, vire-o de bruços, apoiando-o com o braço. Você pode usar um algodão molhado para auxiliar a limpeza da área genital e da região das nádegas.

A água precisa estar morna com uma temperatura de 37 graus em geral. Se tiver dificuldade em detectar a temperatura pode também usar um termômetro. A altura da água deve cobrir as pernas do bebê.

O banho não precisa ser longo e geralmente não é necessário mais de um banho por dia, mas é importante manter as áreas da região da fralda higienizadas ao longo do dia. Se ele chorar durante os primeiros banhos é normal, logo ele vai se acostumar. 

Depois tire ele da água e o enxugue com uma toalha. Para limpar o coto umbilical você pode utilizar uma gaze e álcool 70%. Para finalizar, passe um pouco de pomada contra assaduras no bumbum do bebê e coloque as roupinhas.

O que fazer com as cólicas? 

Se o bebê recém-nascido não para de chorar depois de já ter recebido alimentação ou de terem sido trocadas as fraldas, o choro inconsolável pode ser uma manifestação de cólicas no bebê.

Esse incômodo em geral aparece na terceira semana de vida e sua presença está relacionada com o desenvolvimento natural do sistema digestivo. Costuma desaparecer antes dos quatro meses. 

Para amenizar o desconforto e o sofrimento que a cólica causa, as mamães e os papais podem seguir os seguintes passos:

  • Realizar massagens na barriga do bebê para ajudar a eliminar gases 
  • Deixar a criança de bruços sobre o seu peito
  • Envolvê-lo em uma mantinha morna ou usar bolsa térmica própria para bebês
  • Dar um banho morninho
  • Evitar locais com barulho, para não causar mais stress ao recém-nascido
  • Flexionar suavemente as coxas do bebê sobre a barriga
  • Usar medicamentos com orientação de um pediatra

Estudos sugerem que bebês que não recebem aleitamento materno têm quase o dobro de risco de terem cólicas. Entretanto, as mães lactantes devem evitar o consumo excessivo de leite de vaca para atenuar a possibilidade de cólica no bebê. 

Devo dar chupeta para o bebê?

A chupeta não deve ser utilizada antes dos primeiros quinze dias. A utilização dela depois desse período tem prós e contras e cabe aos pais decidirem sobre o uso. Se os pais optarem pelo uso da chupeta, é recomendável depois de a amamentação já estar estabelecida e apenas até 1 ano. 

A chupeta pode causar o desmame precoce no bebê. As maneiras de sugar o leite do peito e de sugar a chupeta têm mecanismo diferentes que podem confundi-lo. 

Ele pode ficar agitado ao ser colocado para mamar se estiver acostumado com a chupeta, o que o leva a amamentar menos vezes ao dia. Isso pode causar dificuldade no ganho de peso. O bebê pode também acabar machucando o mamilo da mãe. 

Além disso, se ele não exercitar os músculos utilizados para sugar o peito da mãe, pode desenvolver problemas de mastigação, na fala e na respiração. O otite, ou dor de ouvido, é mais comum em crianças que usam esse acessório. 

Outra desvantagem da chupeta é que ela pode conter microoganismos que causam doenças, como fungos e bactérias, podendo provocar o conhecido “sapinho”. 

Ela também pode inibir o comportamento dos bebês, pois quando eles estão com a chupeta não comunicam suas necessidades ao mundo exterior. 

Durante o sono, entretanto, a chupeta pode ajudar a diminuir a ocorrência de Síndrome da Morte Súbita segundo alguns especialistas, além de ser uma forma confortar o recém-nascido em situações de stress, irritação e choro intenso. 

Quais exames o recém-nascido precisa fazer?

Alguns exames são obrigatórios para os recém-nascidos.  Eles são rápidos e indolores e ajudam a prevenir e constatar doenças que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê. 

Teste do pezinho

O teste do pezinho é um exame realizado entre o 3º e 5º dia de vida. Ele é feito com uma pequena picada no calcanhar do recém-nascido para coleta de sangue e verificação de doenças específicas.

Teste da orelhinha

O bebê já é capaz de ouvir desde o quinto mês da gestação. Depois que ele nasce, o teste da orelhinha serve para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. Ele é feito no hospital por meio de uma sonda, 48 horas depois de ter nascido. 

Teste do olhinho

O exame é feito com um instrumento oftalmológico com um feixe de luz para constatar se o há algum obstáculo para o desenvolvimento da visão. 

Teste da linguinha

É realizado por um fonoaudiólogo que observa os movimentos da língua para identificar se o bebê tem a língua presa ou limitações que podem vir a atrapalhar a fala e a alimentação. 

Teste do coraçãozinho

O teste do coraçãozinho visa a identificar possíveis doenças no coração do recém-nascido e é feito entre 24 horas e 48 horas após o nascimento. Ele é realizado por meio de um sensor que é colocado no pulso e depois em um dos pés do bebê para medir a oxigenação do sangue. 

Além desses exames, o recém-nascido deve também tomar vacina para Hepatite B, até 12 horas após o nascimento, e a BCG para tuberculose, até um mês de vida. 

Hora de dormir

Os bebês recém-nascidos ainda estão se acostumando à vida fora da placenta e todas as sensações são ainda novas para eles. É muito comum eles acordarem de madrugada chorando e as mães precisarem ficar de vigília para a amamentar ou confortar o bebê para ele dormir de novo. 

Se acontece com muita frequência, pode ser desgastante para os pais e algumas rotinas podem ser incluídas para tranquilizar as horas noturnas.

Todos os dias, meia hora antes de dormir, é bom diminuir a iluminação do ambiente. Depois conte uma historinha fazendo leves movimentos de ninar. Músicas para bebê também ajudam a acalmar.

Os cochilos durante o dia também deixam o bebê mais descansado e ajudam bastante no sono à noite. Antes dos seis meses eles têm em média cinco cochilos por dia. Se ele se acostuma a se alimentar regularmente na parte da manhã, da tarde e no início da noite, é mais provável que não sinta fome de madrugada. 

Outra forma de dar mais segurança ao sono do bebê é utilizando os colchões antirrefluxo. Eles são essenciais para os bebês nos primeiros meses de vida, pois permitem que o bebê durma de barriga para cima, para amenizar o sintoma do refluxo. 

Se ele dormir na posição errada pode regurgitar e o refluxo durante o sono é uma das causas de Síndrome da Morte Súbita. Muitos óbitos nesses casos são diagnosticados como causa natural. 

Para os pais não correrem esse risco, os colchões antirrefluxo da Sogni D’Oro são muito confortáveis, tem a inclinação adequada e contribuem para impedir que o leite “volte”. Portanto, diminuem drasticamente os episódios de refluxo, assim como as consequentes as azias e dores abdominais, que são também motivos de choro do bebê à noite.