Introdução de alimentos sólidos e o sono do bebê

A mudança na dieta dos bebês é uma fase de novidades tanto para os pais quanto para os pequenos. Que comida ele pode ingerir? Como deve ser preparada? Como essa nova etapa influenciará a rotina? Mas um dado que muitos pais não sabem de imediato é quanto à relação entre a introdução de alimentos sólidos e o sono do bebê.

Há estudos científicos com evidências de que bebês que recebem alimentos sólidos a partir dos três meses, além do leite da mãe, têm um sono melhor do que os alimentados somente por leite. Porém, a alimentação somente com o leite materno é recomendada até os seis meses pela Organização Mundial da Saúde.

Independentemente de quando os pais decidirem introduzir outros alimentos além do leite, há alguns dados importantes sobre a alimentação e o sono bebês. Confira!

Quando o bebê já pode ingerir alimentos?

Para saber quando os bebês podem ingerir alimentos, há alguns fatores relacionados ao desenvolvimento que demonstram se ele pode adotar esse novo hábito alimentar:

  • o bebê deve conseguir segurar bem a cabeça e o pescoço sem a ajuda da mãe ou do pai;
  • ele precisa conseguir se sentar sozinho;
  • quando o bebê vê os pais comendo algum alimento, tem o impulso de pegar a comida com os bracinhos ou faz um movimento de pinça com os dedinhos;
  • o bebê abre a boca quando vê os pais comendo;
  • ele não empurra para fora da boca a comida.

É válido mencionar que a ingestão de alimentos sólidos antes que o organismo do bebê esteja preparado por causar reações alérgicas. Então, o ideal é que os alimentos sejam incorporados aos poucos à dieta, para observar se há algum efeito colateral, antes que se tornem um costume diário.

Efeito dos alimentos sobre o sono

A introdução de alimentos sólidos e sono do bebê estão relacionados porque, até um ano de idade, o leite deve ser sua principal fonte de nutrientes. Portanto, outros alimentos devem complementar a dieta e não substituir o leite materno.

Se o bebê não ingere a quantidade calórica necessária durante o dia, à noite acordará para se alimentar. Por outro lado, a introdução dos alimentos pode melhorar o sono porque, com essa fonte complementar, o bebê pode sentir uma maior sensação de saciedade.

A ingestão de sólidos pode também pode levar a alterações no aparelho digestivo que perturbam o sono, até que ele se adapte à nova dieta. Isso acontece pelos seguintes motivos:

1. Baixo valor nutricional ou calórico dos alimentos

Os pais não devem se preocupar com a quantidade de comida ingerida pelo bebê, e sim com a qualidade, de forma que a quantidade de calorias seja satisfatória para que ele tenha energia suficiente para se sentir confortável e para não sentir fome à noite.

Portanto, é recomendado que os alimentos tenham valor nutricional, evitando produtos industrializados. Mas deve-se observar a quantidade de calorias necessárias para que a introdução de alimentos sólidos e sono do bebê estejam bem correlacionados e ele durma bem à noite, sem acordar com fome.

Antes dos 6 meses, a quantidade de calorias de que o bebê necessita é de 108 calorias para cada quilo. Dos 6 meses a 1 ano, é de 98 calorias por quilo.

Ainda, a incorporação de alimentos não saudáveis à dieta do bebê pode trazer problemas futuros como obesidade, hipertensão e diabetes.

2. Adaptação do organismo

Outro fator relacionado à introdução de alimentos sólidos e sono do bebê é que, no início da nova dieta, seu sistema digestivo talvez esteja imaturo e estranhe a introdução de novos alimentos além do leite.

Até que o bebê se adapte à rotina alimentar, pode haver alterações intestinais, mas com o tempo o organismo se ajustará. Enquanto isso, pode haver noites maldormidas. A introdução de alimentos sólidos pode fazer com que o bebê tenha movimentos intestinais mais frequentes.

Dessa forma, eles podem defecar à noite ou nas primeiras horas do dia, perturbando o sono. Uma solução para esse fator é saber a que horas o bebê se alimentou e tentar transferir essa alimentação para mais cedo.

Entretanto, antes dos 6 meses o intestino está menos desenvolvido para absorver nutrientes e as enzimas não são liberadas em quantidades suficientes para digestão de alimentos.

O mesmo acontece com os rins, que não estão bem formados até os 6 meses na regulação da quantidade de água e sal no corpo humano. Dessa forma, se o bebê ingere alimentos com sódio nessa fase, pode haver dificuldades na eliminação pelo organismo.

3. Distração do bebê enquanto se alimenta

Ainda sobre a questão da introdução de alimentos sólidos e sono do bebê, é um hábito comum entre os que começam a se alimentar aos 6 meses de idade que eles fiquem distraídos ou demorem a entender porque existe uma papinha de comida na frente dele.

Enquanto eles comem, observam tudo o que acontece à volta e qualquer distração pode ser motivo para que ele se esqueça da comida. Por esse motivo, pode ser que ele acabe não ingerindo a quantidade recomendada de comida e sinta fome à noite.

Se os pais já tentaram diferentes estratégias na rotina alimentar e o problema do sono do bebê persiste, é indicado procurar um pediatra, para saber a causa e se há algum outro problema perturbando o bebê.

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