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A Síndrome do Bebê Sacudido acontece quando alguém chacoalha o bebê de forma brusca. Os braços ou pernas do pequeno são sacudidos, para frente e para trás, sem que a cabeça dele esteja apoiada.

Por que isso é perigoso? Os bebês ainda estão em uma fase em que a cabeça é maior que o corpo. O pescoço não possui rigidez, pois ainda não há uma musculatura bem formada.

Diante de movimentos abruptos, pode acontecer uma lesão cerebral com esse movimento.

Como você é uma mãe ou um pai que se preocupa com o bem-estar do seu filho, vamos explicar neste post o que caracteriza essa síndrome.

Dessa forma, você saberá se prevenir de momentos de descuido ou irritação em relação ao seu bebê.

Acompanhe a leitura!

Situações que podem causar a Síndrome do Bebê Sacudido

Às vezes os motivos que levam os pais a chacoalharem o bebê são imperceptíveis. Isso pode acontecer sem que haja intenção de prejudicar o filho.

Por exemplo, quando o bebê engasga e o adulto toma uma atitude precipitada de sacudir o neném para que ele não fique sem ar.

Esse método não é indicado. O recomendado é que o bebê seja colocado de bruços sobre o antebraço, com inclinação para baixo. Ou de lado, para liberar o leite. 

Outras situações que estão entre os fatores de risco são relacionadas a casos em que os pais são muito jovens. A falta de experiência ou conhecimento necessário podem interferir em como lidar com o bebê.

Ainda, situações de estresse e de falta de paciência podem ser recorrentes. Nesses casos, os adultos chacoalham o bebê para que ele pare de chorar, por exemplo.

Inclusive, em casos extremos, a violência doméstica pode ser um fator que leva à Síndrome do Bebê Sacudido. Em muitos contextos isso está associado ao abuso de álcool e de drogas.

O que é a Síndrome do Bebê Sacudido

Essa síndrome também é conhecida por traumatismo cranial por maltrato. Ela é caracterizada por uma lesão cerebral que acontece ao bebê devido a sacudidas violentas.

Quando o bebê é chacoalhado com força, o cérebro se move desordenadamente no crânio. Essa força afeta a massa encefálica da criança.

Embora atinjam principalmente bebês, também pode ocorrer em crianças de até quatro anos. Ao sacudir a criança, acontecem danos nas células do cérebro que dificultam a recepção de oxigênio.

Algumas das decorrências disso são hematomas, hemorragias, inflamações e danos cerebrais, como o dano axonal difuso. Esses fatores podem ser irreversíveis e levar a sequelas para vida. Em certos casos podem causar até a morte.

As sequelas podem ser temporais ou definitivas. Entre esses danos estão o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, lesões nos olhos e surdez.

Quais são os sintomas?

Nem sempre a Síndrome do Bebê Sacudido causa lesões físicas, como hematomas. Quando há traumatismos, eles podem acontecer imediatamente ou se manifestar gradualmente. Isso depende da região do cérebro que foi afetada.

Os sintomas incluem:

• convulsões;

• complicações respiratórias;

• diminuição do apetite;

• irritação;

• paralisia;

• vômitos;

• sonolência;

• anorexia;

• pupilas dilatadas;

• sinais de sangue nos olhos;

• problemas de visão;

• pele pálida ou com cor azulada;

• deficiência mental.

Como é o diagnóstico da Síndrome do Bebê Sacudido?

• Exames de laboratório: servem para identificar disfunções metabólicas ou genéticas.

• Radiografia de ossos: ajudam a encontrar fraturas.

• Tomografia computadorizada: verifica se há lesões.

• Ressonância magnética de crânio: verifica a ocorrência de hemorragia.

• Fundo de olho: detecta hemorragia na retina; grande parte dos casos de bebês com essa síndrome apresenta hemorragia retiniana.

• Coloração imuno-histoquímica da proteína precursora de β-amiloide: identifica lesões no crânio e nos axônios.

• TC de emissão de fóton único: avalia o fluxo de sangue no cérebro.
• Diagnóstico diferencial: investiga infecções, desenvolvimento neuropsicomotor, malformações arteriais, retinopatia, aneurisma, traumatismo craniano, entre outros.

O tratamento para a síndrome é parecido com os tratamentos para hemorragias cranianas. São feitos procedimentos de drenagem cirúrgica e a pressão intracraniana é monitorada.

Como prevenir

Para prevenir a Síndrome do Bebê Sacudido existem aulas que capacitam pais novatos. É uma forma de terapia que explica os riscos de chacoalhar o bebê indevidamente e como proceder em casos de choro ou engasgo.

Muitos pais desconhecem os perigos para a saúde do bebê ao sacudi-lo. Então, essa forma de prevenção é educativa no intuito de orientar sobre as causas e os sintomas da doença.

Em lares com histórico de violência doméstica pode ser necessária a ajuda de um profissional de saúde mental ou de psicólogos. A intenção é que as emoções negativas que possam surgir não afetem o bebê.

Para que a saúde mental e física do bebê sejam preservadas, é preciso paciência e cuidado.

Se o ambiente familiar não oferece essa proteção, ou se há desconhecimento por parte dos pais, a capacitação ou a ajuda externa são formas viáveis de prevenção.

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